Formatura da EJA



No dia 12 de Dezembro de 2008 foi celebrada a formatura dos
alunos da EJA .Uma formatura que certamente irá ficar guardada
na memória de cada um . Parabéns formandos , que a caminhada
continue......

Coordenadora da EJA Professora Claudete Fievegelwski .

Cerimônia de Formatura 2008 da EJA



























ESCREVENDO PARA RECEBER RUY CARLOS OSTERMANN: ESCRITA VEM, ESCRITA VAI...

Os textos aqui postados foram escritos baseados em temáticas relacionadas à leitura de crônicas de Ruy Carlos Ostermann. A primeira exposição ao público leitor destes textos aconteceu no dia 23 de outubro de 2008, dia da visita de Ruy a nossa escola.
A partir da temática reminiscência da infância tratada pelo autor em algumas de suas crônicas, foi proposto aos alunos que produzissem relatos narrativos ou pequenas crônicas que abordassem esse tema.
O resultado foi uma colcha de lembranças singulares como são as vidas de todos nós, escrita/costurada por uma linha fina e forte que possibilita a identificação, mas que impede a uniformização, pois mesmo que os fatos que povoam os textos escritos pelos alunos sejam parecidos, o sentimento e a emoção de cada um que conta o seu episódio são únicos e intransferíveis.
Junto aos textos temos a produção de Artes Visuais, também relacionada à temática reminiscência da infância, organizada pela professora Aneri. Nesta exposição tivemos ilustrações produzidas pelos alunos a partir das crônicas lidas. Além disso, tivemos a confecção de um painel, também coordenado pela professora Aneri, que teve por tema o céu e os aviõezinhos de papel, assunto de duas das crônicas lidas e trabalhadas pelas turmas.
Como se deu o processo de produção destes textos?
No que diz respeito à produção dos textos aqui postados, é preciso ressaltar que esta foi a primeira experiência de muitos dos alunos destas turmas de produzire textos visando a leitura por um público leitor que fosse além da sala de aula.
O tempo, que sempre é o inimigo da perfeição, impossibilitou um trabalho mais cuidado que gostaríamos de ter feito em sala de aula: maior detalhamento e melhor ordenamento dos fatos relatados, reelaboração dos títulos (a maioria dos títulos são mera transcrição do tema do texto, por isso a repetição excessiva), reorganização de frases e parágrafos, etc. Mas como o entusiasmo dos alunos para produzirem e serem lidos foi tal, os ditos problemas não justificavam que a exposição não viesse a acontecer por falta dos elementos já citados.
A digitação de noventa por cento dos textos aqui apresentados ficou por conta dos alunos. Nesta fase foi bonito ver a solidariedade dos que dominavam mais o teclado ensinado aos iniciantes. As poucas aulas destinadas à digitação foram nervosas, ansiosas (tínhamos um prazo pequeno para finalizar), mas foram cheias de momentos bonitos de união.
O que foi assegurado para a exposição final destes textos foi a correção ortográfica e pontuação final para que a produção escrita de nossos autores iniciantes tivesse assegurada a qualidade mínima que todos os textos que circulam socialmente devem ter.




Professora Jane Mari de Souza – professora de Português das turmas T41, T51 e T61.




Leia abaixo as crônicas de Ruy Carlos Ostermann que foram trabalhadas pelas turmas T41, T51 e T61.
COMENTÁRIOS SOBRE A VISITA DE RUY CARLOS OSTERMANN


Na aula que se seguiu à visita de Ruy Carlos Ostermann, foi solicitado às turmas que escrevessem sobre o encontro com o autor. Abaixo temos a produção de alguns dos alunos que participaram do encontro.
O ENCONTRO COM O PROFESSOR RUY



O dia 23 de outubro de 2008 vai ficar gravado em minha memória, pois foi o dia que Ruy Carlos Ostermann esteve em nossa escola.
Tivemos um momento muito agradável com o “professor”, como ele gosta de ser chamado. Nunca havia imaginado que um dia eu iria conhecer o senhor Ruy. Foi muito interessante ficar ouvindo ele falar.
O professor Ruy Carlos Ostermann é uma pessoa culta, inteligente. Tratou de todos os assuntos abordados com entendimento.
Eu me emocionei quando ele falou que estava feliz por estar ali sabendo que muitos de nós tínhamos trabalhado o dia todo e estávamos cansados, mas estávamos ali para conhecê-lo e ouvi-lo.
Gostei muito quando o professor Ruy falou sobre a importância da leitura e da escrita. Quando escrevemos algo, essa escrita é passada de geração para geração.
Fiquei orgulhosa ao ver alguns de nossos colegas representarem o programa Sala de Redação, pois no dia anterior à visita do autor o ensaio do programa Sala de Redação foi um fiasco. Confesso que no momento fiquei um pouco apreensiva, pois temia que nossos colegas iam nos envergonhar, mas tive uma bela surpresa. Ficou perfeito, ótimo! Parabéns para os colegas! Eles merecem!
A visita do autor Ruy Carlos Ostermann nos ensinou muita coisa: que não devemos querer ser mais do que as outras pessoas, porque somos todos iguais, independentemente da classe social, raça ou religião.
Outra mensagem que ele nos deixou é que nunca devemos desistir de nossos sonhos e, principalmente, ler, ler, ler, escrever, escrever, escrever....




Autora: Beatriz Teresinha de Oliveira.
Turma: T61




“Eu acho que o autor é uma ótima pessoa. Aquele dia foi um dia de emoção, porque aquela pergunta sobre o racismo que fiz foi tão forte, e ele deu uma resposta muito importante.
Ele é uma pessoa íntegra e inteligente, pois não deixou passar nenhuma pergunta e suas respostas eram claras. As pessoas ficaram admiradas com as suas respostas e o seu português correto.
Que pena que estou indo embora dessa escola, pois por aqui passaram pessoas muito importantes. A gente aprendeu coisas muito importantes sobre as pessoas de cada um deles.




Autora: Tanise Laís Pereira da Silva
Turma: T61




APRENDIZADOS COM RUY CARLOS OSTERMANN

Conhecer seu Ruy Carlos Ostermann, conhecer este projeto “Adote um Escritor”, ver o desempenho dos professores para receber o escritor foi tudo muito bom.
Seu Ruy, muito humilde, falou com a gente olhando olho no olho e isto me emocionou porque é uma pessoa que vem à nossa escola, à nossa comunidade falara e explicar sobre a sua profissão. Contou que tudo que conseguiu foi com muito suor, falou até sobre sua cassação em 1964.
Emocionante foi o diálogo com um senhor de idade. Falavam como se estivessem em um “boteco” falando sobre o futebol.
Também os colegas do programa Sala de Redação estavam excelentes. Não é fácil dialogar na frente de um supercomentarista, é muita responsabilidade. Eles estão de parabéns.
Gostei de conhecer parte da obra, como as crônicas, o significado das coisas, as mudanças de atitude que a gente tem e nem repara. Aprendi a como entender uma crônica e o que significa uma crônica. Fiquei suepresa comigo mesma na hora de leaboroar uma crônica. Não que fosse a crônica mais maravilhosa, mas fiquei satisfeita com o início da tentativa de crônica”Amizade de infância”. Não sabia que poderia iniciar tão bem um assunto, principalmente sendo um assunto real. Foi muito legal!




Autora: Cláudia Paiva

Turma: T61





VINTE E TRÊS DE OUTUBRO DE 2008: O CÉLEBRE ENCONTRO

Foi um dia muito especial, foi um encontro marcante. Conhecer pessoalmente Ruy Carlos Ostermann foi maravilhoso. Amei conhecer o autor de grandes obras, o comentarista, a pessoa simples e carismática que ele é.
Foi emocionante quando ele respondeu uma pergunta feita por uma colega referindo-se ao racismo. A resposta dele foi tão verdadeira quanto emocionante. Ele falou que o racismo dói nele tanto quanto na pessoa que é discriminada.
Para mim o encontro com Ruy Carlos Ostermann foi de muito proveito. As perguntas foram bem elaboradas por nós e bem respondidas por ele. Nossa! Foi tudo muito bonito!
A representação do programa sala de Redação foi muito lindo. Foi uma homenagem 100% maravilhosa, oferecida ao maravilhoso escritor Ruy.
Admiro o escritor Ruy, porque ele é um vencedor, porque lutou por seus ideais e venceu.
Deste encontro ficou a lembrança de um homem simples, verdadeiro e muito simpático. Conhecendo o celebérrimo Ruy Carlos Ostermann posso afirmar: para ser grande não precisa ser altivo.
A simplicidade dele é contagiante.




Autora: Maria Arlete Padilha
Turma: T61




“Foi na quinta-feira, dia 23 de 0utubro, que o professor Ruy esteve na escola nos visitando. Foi muito legal, pois o professor Ruy é muito sincero e alegre. As horas que a gente passou com ele foram muito divertidas, pois aprendi bastante.
Eu achei o autor muito interessante, muito criativo e ele foi muito espontâneo. Eu acho que deveria ter mais encontros assim, pois aprendemos muito com eles.
Eu aprendi que se eu tiver um sonho e mesmo se tiver dificuldades para realizar este sonho, nós devemos lutar e continuar até nós conseguirmos aquilo que nós queremos. É só confiar e acreditar em nós mesmos.
Eu levei deste encontro várias coisas, como acreditar naquilo que queremos, confiar em outras pessoas e pensar que não somos só nós que podemos acreditar e conseguir, mas sim todas aquelas pessoas que confiarem nelas mesmas vão conseguir tudo e mais um pouco.”




Aluna: Ângela Trindade

Turma: T61




“Quando cheguei no colégio no dia 23 de outubro de 2008, Ruy Carlos Ostermann já havia chegado, pois me atrasei em razão do meu trabalho. Entrei na sala e o avistei. Sem sombra de dúvida, ele é como parece se parece no programa, falando normal, da forma mais simples e cativante.
Eu achei emocionante e interessante a hora dos autógrafos. Eu lhe pedi um e ele autografou meu caderno. Fez uma dedicatória a qual eu guardarei com carinho junto a foto que tirei dele. O Sala de Redação dos colegas estava ótima, igual. Acho que lê mesmo se surpreendeu com o sucesso dos colegas. Foi muito bom conhecer a obra do Ruy.”




Autora: Méris Teresinha Rosa de Castro

Turma: T61




“Eu achei o professor Ruy Carlos Ostermann uma pessoa simples, carismática e, ao mesmo tempo, uma pessoa séria em seus comentários.
Eu lembro que o professor Ruy Carlos Ostermann enfatizou que nós alunos devemos escutar e prestar mais atenção quando o professor está explicando a matéria em sala de aula.
Eu lembro com emoção que ele me transmitiu com positivismo que nós, alunos, devemos ir à luta e não desistirmos de nossos objetivos.
Gostei muito da apresentação dos colegas, foi bem elaborada pelo grupo e o tema foi bastante polêmico, pois tratava de futebol e dos atritos entre torcidas rivais.
Eu percebi que estou no caminho certo e preciso me esforçar ao máximo para ser uma professora. Foi o que o professor fez desde pequeno, ele lutou e acreditou nele.”




Autora: Dozolina Angolini

Turma: T41




“Eu achei o autor muito legal, bem divertido e inteligente.
O que eu aprendi com Ruy é que hoje em dia devemos ser humildes e sinceros e que devemos começar debaixo e sermos nós mesmos. “




Autora: Fabiana Giuliano

Turma: T41




A VINDA DE RUY CARLOS OSTERMANN

No dia 23 de outubro de 2008 nossa escola recebeu a visita do professor Ruy.
O professor Ruy é uma pessoa inteligente e muito simples, clamo e bastante atencioso.
Ele tem um jeito lindo de tratar as pessoas, com respeito e igualdade.
No momento do encontro com o professor o mais interessante foi a simplicidade dele e o modo como prestou atenção em tudo que estava a sua volta e nas pequenas homenagens que forma feitas a ele.
O professor respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas com carinho.
O Sala de Redação foi lindo! Os nossos colegas representaram muito bem os seus papéis no debate.
O professor Ruy assistiu com atenção e aplaudiu com um sorriso de satisfação e felicidade e agradeceu muito.
A vinda do professor na escola e sua obra nos presentearam com seu ensinamento simples e com a sinceridade de suas palavras.




Autora: Neli Castro Novo da Rosa

Turma: T41




MEU ENCONTRO COM RUY CARLOS OSTERMANN

É difícil tirar conclusões sobre uma pessoa em apenas um encontro, porém o pouco que vi achei o professor Ruy uma pessoa culta, inteligente e humilde.
O momento do encontro com o autor que eu achei mais interessante foi quando através das fotos passaram sua história de infância.
O Sala de Redação criado por meus colegas foi uma grande idéia, porque teve informação e cultura.
No encontro que tive com o autor Ruy Carlos Ostermann aprendi que nem sempre sonhos são bobagens, que se desejarmos e corrermos atrás podemos concretizar nossos sonhos, que a leitura pode ser muito interessante quando escolhemos um bom livro para ler.
Este encontro despertou em mim a vontade de ler, de estudar muito para ter uma profissão no futuro e, através dela, também um dia estar nas escolas contando um pouco sobre minha vida.




Autora: Daiana Aparecida da Silveira Resmini

Turma: T41





“Eu achei muito legal o dia 23 de outubro de 2008. O autor Ruy Carlos Ostermann chegando na sala muito simpático e simples e demonstrando uma educação exemplar.
A parte do encontro que eu achei mais interessante foi quando ele respondeu as perguntas com muito carinho e alegria.
Eu aprendi que não podemos desistir de parender, ir em frente tentando e tentando, porque o autor passou por vários momentos ruins na vida, mas não desistiu de ser o que é.
Eu levei em minha mente que nós temos que insistir no que queremos, dar valor às pessoas e ir à luta e ter o respeito do outro.”





Autora: Laurinda Aires
Turma: T41
A amabilidade dos aviões

Era fácil fazer um aviãozinho. Uma folha de papel almaço dobrada ao meio longitudinalmente, duas dobras numa das extremidades, uma volta ao modelo anterior e a abertura de duas asas. Não se precisava mais: voava impulsionado pela mão e, às vezes, dava voltas e aterrissava docemente. Mas aí dependia do tamanho das asas e, segundo aprendi mais velho e já desiludido com aviõezinhos, dependia também da duplicação das asas e, em alguns casos, da possibilidade de um rabo.Aviões não são mais. Agora são aeronaves e não se fazem mais de papel. Também já
não se fecham mais simplesmente as portas. Tratam-se agora de procedimentos com as portas, e disso deve se encarregar a tripulação do vôo, formada por comissários de bordo e chefe de equipe. "Essa aeronave está dotada de duas portas...", diz, enfático, o comissário pelo alto-falante. Fala em português antigo e em inglês impossível. Aliás, to, como indicador de direção, é tiu, e como perguntasse o porquê - já que me parecia tão simples dizer apenas tu -
me responderam várias vezes que é tiu, mas eles não sabiam o motivo. É uma alegação definitiva, pensei, e não perguntei mais. Nos aeroportos a Iris Lettieri anuncia todos os vôos que saem ou que chegam. E se não é ela, que já faz tempo gravou essas orientações, é alguém imitando sua inconfundível inflexão de sedutora voz nos ãos e nas proparoxítonas. Um velho charme, como se fosse uma cantada. Falsa ou verdadeira, é a última amabilidade dos aeroportos.
OS ÚLTIMOS AVIÕEZINHOS

Como todos, tenho uma relação afetiva com aviões. Brinquei com avião de papel que bastava dobrar uma folha ao meio, amassar para dentro as extremidades e ajustar o restante do corpo. Brinquei também com avião de madeira, que não voava, mas enchia a mão e podia aterrissá-lo na mesa entre os pratos e os talheres, e, finalmente, ganhei um avião de lâminas de metal que tinha peso, cabina de piloto, duas rodas e um motor em cada lado debaixo da asa dupla. Também soltei aviões do alto da casa, soube arremessá-los com a funda - que era como se dizia em vez de
estilingue - com mais apuro e dedicação. Acho que fui menos apaixonado por pandorga, mesmo que tivesse roncador e rabo responsável. Os aviões me fascinavam. E quando cruzavam no céu, bem em cima da casa e desapareciam na nuvem, a fantasia de menino pobre era a de estar a bordo e passar acenando na certeza de que saberia voltar fazendo uma longa curva logo depois da nuvem. E então, abrir a porta com um movimento enérgico para o lado, fazendo um estrondo, descer pela escada metálica até colocar os dois pés firmemente na grama do campo de pouso entre vacas e galinhas desorientadas. E meu tio feliz com minha ousadia, era preciso passar a noite contando como é o mundo visto do alto. Cresci assim, apaixonado, mas não permitiram que fizesse o curso de piloto civil, um curso respeitado no Aeroclube. E depois, passou, fiquei apenas vendo os aviões, até chegar bem perto deles no Salgado Filho. Mas não tanto que pudesse tocá-los ou, supremo desejo adolescente, subir a escada, entrar num deles, sentar na terceira fila, apertar o cinto e imaginar como seria a despressurização, o frio na barriga, o rio na janela, o enjôo. A primeira vez que fiz check-in e me chamaram para o portão de embarque faz muito tempo e devo misturar essa experiência finalmente feita com outras. Já não lembro do aeroporto, muito menos do tipo de avião, tenho certeza de que se entrava no avião subindo e era preciso continuar subindo por dentro dele porque ficava bem inclinado. Era um Curtis, não era? Agora, se olho as imagens, leio os depoimentos e sinto a trespassada dor de Congonhas, não sonho mais, nem tenho alegrias. Todos os meus aviõezinhos escorregaram na pista e explodiram.



Ruy Carlos Ostermann
LOGO QUE O SOL BAIXAVA

Nunca fui de enfeitar muito. Gosto de conversar, é verdade, dar palestra, fazer discurso ou espichar uma confissão cada vez mais freqüente sobre os meus velhos anos. Mas não enfeitar, ir traçando uma fantasia só pelo prazer de ver as frases se articulando e no sentido delas irem crescendo aos poucos como se pudessem emitir um sinal. Ou uma súbita revelação.
Lembro de quando era criança na casa da minha avó, que era um pequeno sítio com laranjeiras, repolhos, galinhas e, às vezes, um porco. Tio Emílio cuidava da rocinha, das plantas, abria mais o caminho que levava por dentro até o outro lado que era onde estavam as melancias do seu Rungger, um homem baixo, quieto, acompanhado de um cachoro igualmente baixo e retacão Mas não era das melancias que queria falar. Era do entardecer no sitio da vó. Logo que o sol baixava atrás da casa de madeira, acendia-se uma lâmpada na sala, mas o desejo que tinha era de ir para a cama. Travesseiro e coberta estofados com penas de pato, fofas, leves, duravam alguns minutos para se assentar sobre o meu corpo protegido com um pijama de lã de gola fechada e abaixo dos pés. Esperava por essa hora de ir para a cama com ligeira ansiedade. Apagava-se a lâmpada do alto do teto, fechava-se a porta, os ruídos ficavam na cozinha ao redor do fogão à lenha, que secava as toalhas e os panos de pratos dependurados um a um pelo corrimão. Fechava os olhos, abria os braços e começava a pensar. Pensava comprido, nada dos livros que ainda não lia nem dos jornais que não tínhamos, alguma coisa dos domingos pela manhã - eu sabia que era domingo de manhã pelo rádio ligado em cima da cômoda. Imaginava todos os animais do sítio, com preferência para o Lord, o peludo policial alemão, ou então os patos e o casal de gansos que me bicava toda vez os botões redondos da camisa listrada. E inventava histórias em que era o protagonista bem-intencionado que dava ordem ao galpão e ao galinheiro sem abdicar dos sustos com as cobras que apareciam de repente - tinha sobressaltos. Tudo que pensava se realizava, deve ser por isso que não esqueço.


Ruy Carlos Ostermann


Turma T 41




Turma T 61

Professores do marcírio

Jane Mari, Cláudia Prates, Claudete, Hobber, Silvia Perivolaris, Rozane, Clédison, Hálex, Claudia Uchoa, Eliane, Elizabete, Aneri.







A importância da Informática nos dias de hoje




Hoje em dia muitas empresas esperam encontrar profissionais qualificados, principalmente na área da informática, o básico já é o suficiente para garantir-mos uma vaga no mercado de trabalho.
Na escola Marcírio temos o curso básico de Informática e o que é melhor é de graça,
todos os sábados temos a Escola Aberta , um projeto para pessoas da Comunidade, que se interessam pelo curso ,junto com alunos da escola. Por isso pessoal vamos nos interessar mais, pois num futuro bem próximo quem sabe não vamos precisar !!!!

Conversações Internacionais 2008





A Escola Marcírio Goulart Loureiro como sempre esteve presente num dos eventos mais importantes para as escolas de porto alegre CONVERSAÇÕES INTERNACIONAIS 2008.
O evento tinha diversos tipos de exposição .Confira algumas ...

Capoeira no Marcírio

Relembrando o Passado

A CASA DA MINHA AVÓ

Na casa da minha avó era muito bom de morar. Ela morava bem pra fora da cidade, era bem interior, chamava Linha Seis do Oeste.
Lá não tinha luz elétrica, era lampião de querosene. Chegava às sete horas da noite a gente já tinha que dormir. Meu avô antes de dormir ele contava umas histórias de lobisomem, de assombração, contava vários causos. Nós ficávamos todos com muito medo e custávamos a dormir. De manhã era muito legal. Nós tínhamos que tratar as galinhas e minha avó ia tirar leite da vaca Mimosa. Nós íamos visitar minha avó só aos domingos. Era maravilhoso tomar banho na sanga. Que tempo bom!
Agora meu avô já é falecido, e a minha avó ficou morando com minha tia, mas não mais no interior, e sim na cidade de Ijuí. O nome da minha avó é Rosa e do meu avô era Alberto. Eu e meus filhos vamos uma vez ao ano na casa da minha avó. Naquela época eu tinha uns nove anos eu acho, não me lembro.Eu tenho muita saudade daquele tempo. Este ano eu fui na cidade de Ijuí visitar a casa da minha avó e também o sítio. Agora esta tudo diferente. Já tem luz elétrica e também já tem estrada feita com máquinas. Mas o sítio continua a mesma coisa: a casinha da Mimosa, o galinheiro, a sanga onde nós tomávamos banho. Ficaram só lembranças maravilhosas e saudades, muitas saudades.

Autora: Laurinda Aires
Turma: T 41




NA CASA DE MINHA AVÓ

Quando eu tinha 10 anos, minha mãe foi embora e me deixou com minha avó. Então minha avó foi pra mim como uma mãe. Eu chorei muito, mas depois de um tempo passou e eu esqueci da minha mãe. Minha avó sempre falava que se eu brincasse embaixo da mesa era a mesma coisas que estar brincando perto dela
Mas toda vez que eu brincava, eu lembrava de tudo de bom que ela fez por mim, mas também de tudo que ela fez de ruim, como ter indo embora e só deixar eu ali. Os outros filhos ela levou. Eu brincar sozinha, falava sozinha porque era pra fora, na cidade de Erechim. Na fazenda não tinha ninguém por perto. Eu adorava brincar embaixo da mesa na casa da minha avó.
Minha mãe apareceu depois de quatro anos, eu nem a reconheci. Ela me estranhou, pois trouxe um monte de presentes pra todos nós, e eu não chamei ela de mãe, mas sim de tia. Minha avó falou que eu não podia guardar rancor. Eu a perdoei e hoje ela acha que eu sou uma batalhadora e eu acho a mesma coisa a respeito dela. Eu amo minha mãe, apesar de seus erros.

FIM

Autora: Lindacir Camargo
Turma: T 41


NA CASA DOS MEUS AVÓS

Lembro de quando era criança na casa dos meus avós. Eu morava no mesmo pátio.
Eu adorava levantar bem cedinho para tomar chimarrão com meu avô e também comer batata doce no fogão à lenha.
Gostava muito de conversar com minha avó, contar meus problemas, porque ela era muito querida.
Comecei a trabalhar muito cedo. Quando eu chegava do trabalho, a primeira coisa que eu fazia era ir à casa dela para conversar.
Quando eu chegava do trabalho, minha avó tinha guardado um pedaço de melancia para mim. Quando eu pegava aquele pedaço de melancia eu e ela sentávamos na área para conversar e eu esquecia dos meus problemas.

Autora: Liliane Centeno
Turma: T 41



A CASA DE MINHA AVÓ

Quando eu era pequena e morava no interior da cidade de Santa Maria eu gostava de viajar de trem de passageiro antigo que não existe mais. Naquela época eu embarcava de trem na vila Dilermando de Aguiar, com meus avós.
Eu ia, juntamente com eles, na casa deles, na cidade de São Pedro do Sul. O terreno dos meus avós era bem grande e tinha muitas espécies de frutas. E minha avó era doceira de mão cheia. Diariamente fazia os doces que eu mais gostava, que eram as chimias de abóbora e de pêra.
À noite, minha avó me levava na igreja, mas eu não entendia nada o que significava igreja, mas eu me lembro até dos hinos e da harpa cristã que tocavam na igreja.
Talvez eu tivesse uns oito anos de idade. Minha avó me mostrou o caminho da paz!
Autora: Lúcia Maria Machado Leal
Turma: T 41




MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Meu brinquedo preferido sempre foi a bola de futebol. Eu gosto muito de me unir com meus amigos e ir para um campo de futebol, por isso que meu brinquedo preferido é a bola.
Sempre que me junto com meus amigos para jogar futebol, alguém leva a bola. Minha bola não é nova, mas faz com que a gente se divirta muito. Eu gosto de jogar futebol porque isso ajuda a mim e a meus amigos a ficarmos unidos.

Autor: Luís Fernando da Silva Santos
Turma: T 41





MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Estava perto do Natal e meus pais estavam endividados, sem grana alguma para comprar nossos presentes.
Eu e minha irmã menor estávamos muito tristes, pois seríamos as únicas crianças de nossa rua que não iríamos ganhar de presente as bonecas com que tanto sonhávamos.
Mas, um certo dia, na véspera de Natal, minha mãe e meu pai resolveram apostar em um jogo de bingo o dinheiro que iria ser usado para as compras de nossa ceia de Natal.
Meus pais confiantes em ganhar, finalmente bingaram. Eles ganharam muito dinheiro e mantiveram sigilo até o Natal.
Ao chegar do Natal, meus olhos brilharam ao ver uma linda árvore de Natal com muitos piscas e bolinhas coloridas, e aquela mesa recheada de coisas maravilhosas. Como se não bastasse, finalmente chegou a hora dos presentes. Nossas bonecas loiras enchiam bexigas e a roupa delas era muito linda, porque meus pais fizeram de tudo por esse brinquedo. Por isso ele tornou-se meu brinquedo preferido e o Natal se tornou inesquecível.
Essa é uma história real, escrita por Michele Oliveira de Souza.

Autora: Michele Oliveira de Souza
Turma: T 41






MINHA AMIGA DE INFÂNCIA


Eu e a minha amiga nos conhecemos por causa dos nossos pais. Eu tinha sete anos e ela tinha dez anos. Nós brincávamos todos os dias: brincávamos de pega-pega, e não era só nós duas não, eram também a Tieli, oTiago, o Ismael, o Francis, o Lucas, a Vanessa e a Cassandra. Nós brincávamos muito e quando abriam as piscinas nos Cabos e Soldados, eu e Camila e todos nós íamos.
Então aconteceu o que eu já previa. De tanto eu e Camila andarmos juntas, a minha mãe começou a reclamar. Foi tão difícil eu me separar dela! Chorei muito, porque não nos víamos mais na rua Tenente Camargo. Para mim era muito difícil entender por que a minha mãe era tão braba comigo. Então, um dia eu fugi para brincar com a Camila e ali eu disse que ela era minha melhor amiga. Eu precisava falar aquilo para ela e naquele dia brincamos o dia todo.
Minha mãe não me xingou fiquei muito feliz. No outro dia a mãe dela me convidou para almoçar. Depois saímos e somos amigas até hoje.


Autora: Druccila Machado
Turma: T 41





MINHA INFÂNCIA

Eu tive várias amizades na infância. Eu gostava muito de brincar. Eu morava na Vila Santa Rosa, na rua T, número 6.
As brincadeiras que eu mais gostava eram pegar, correr e gostava muito de bonecas.
Quando chegava perto da festa de São João, nós ficávamos muito alegres, pois arrumávamos lenha para fazer a fogueira e juntávamos jornais velhos para poder cortar e fazer as bandeiras.
Também ensaiávamos para apresentações de dança e dançávamos a dança do pezinho. Era muito gostoso, pena que não posso mais voltar a ser criança.
Se eu fosse contar realmente o que aconteceu quando começou minha adolescência vou ficar um pouco triste. Eu tinha um amigo que um rapaz muito legal, trabalhador. Um dia saiu para ir para o carnaval e acabou morto com um tiro na cabeça. O nome dele era Érico. A rua onde eu morava foi tomada por uma tristeza muito grande, mas não parou por aí, foi só o começo de muitas perdas. Alguns acabaram entrando para o mundo do crime e a maioria das gurias acabou engravidando. Eu fui uma dela, com quinze anos acabei grávida,acabei grávida.
Também acabamos nos separando. Tem amigas que hoje passam por mim e parecem que não me conhecem. Uma delas é a Carla, mas nós fazíamos tudo juntas.
Hoje estou com 32 anos e tenho dois filhos. Sou casada e tenho uma vida muito boa. Meu esposo vive falando que não cresci, que continuo sendo criança. O que mais importa neste momento é que a criança que existe dentro de mim nunca morreu e é ela quem me dá força todos os dias através de Deus.

Autora: Cristiane Brasil de Jesus
Turma: T 41





MINHA AMIZADE DE INFÂNCIA

Eu tinha uma amiga na minha infância que eu conheci quando eu tinha seis anos de idade. Eu morava na cidade de Santiago.
A Patrícia era a minha melhor amiga, tinha a mesma idade do que eu. Nós brincávamos de se esconder, de amarelinha e de pega-pega.
A Patrícia é que me ensinou a andar de bicicleta. Nós éramos como irmãs. Ela pousava em minha casa e eu pousava na dela.
Isso até eu vir embora para Porto Alegre. Eu tinha dez anos quando eu vim pra cá, no ano de 1997.
A última vez que eu vi a Patrícia, eu tinha doze anos de idade, quando fui passear lá. Depois nunca mais via Patrícia. Até hoje eu sinto muitas saudades dela.
Mas um dia eu pretendo ir passear lá e matar a saudade.


Autora: Daiane Aparecida da Silveira Resmine
Turma: T 41







MINHA COLEÇÃO DE CARROS

Quando eu era pequeno, por volta dos meus cinco anos, eu colecionava carros de brinquedo.
O meu pai me deu muitos carrinhos. Eles eram as coisas mais importantes para mim.
Meu pai me ajudou muito para montar minha coleção. A última vez que eu contei tinha 132 carrinhos.
Eles eram e são uma das coisas mais importantes da minha vida e que eu tenho até hoje.

Autor: Diógenes Cristiano da Silva Machado
Turma: T 41






NO SÍTIO DA MINHA AVÓ

Eu fui morar com a minha avó quando tinha oito anos. Eu trabalhava no sitio com minha avó. Eu plantava feijão, trigo e milho. Minha avó me auxiliava na limpeza da plantação.
Esse sítio fica na localidade de Lajeado Bonito, no município de Alpestre, RS. No sítio eu e minha avó Joana nós fazíamos pães, cucas e doces de amendoim, que eram assados no forno à lenha. Meu avô produzia vinho, suco e geléia de uva. O vinho era armazenado em pipas. No sítio tinham vacas e porcos, galinhas e patos.
Eu lembro que de manhã eu levantava cedo e preparávamos o café. Eu ia para escola que ficava próxima do sítio. Eu lembro que aos domingos eu brincava com minhas colegas Juliana, e com minhas irmãs, Cleuza, Aurora e Simone. Nós vestíamos as bonecas e fazíamos de conta que era um bebê de verdade. E nós dávamos a chupeta para a boneca de pano.
Nos dias de hoje, o sítio mudou com o avanço da tecnologia. Então, hoje, bonecas só as produzidas pelas indústrias.

Autora: Dozolina Angoleri
Turma: T 41




A MINHA INFÂNCIA


Na minha infância eu brincava, muito com uma boneca de pano que minha avó fez para mim, andei bastante de bicicleta e jogava bastante bolinhas de gude com os meninos da rua onde eu morava, em Guaíba.
Mas o que mais gostava era minha boneca. Enfim, cresci e até hoje ainda tenho minha boneca guardada com minha tia, mas meu maior sonho ainda é ter aqueles bebezões que as meninas brincam hoje, principalmente o que minha filha brincava na infância dela. Eram mais modernas, eram as bonecas que eu não pude ter porque minha avó não tinha condições de me dar. Hoje em dia eu tentei fazer de tudo para dar minha filha aquelas bonecas da Barbie. Os bebezões que eu não tinha, hoje ela tem.
Mesmo tendo a idade que tenho hoje, não esqueci da minha boneca. Talvez um dia ainda vá ter minha boneca de verdade e não a de pano.



Autora: Fabiana Giuliano
Turma: T 41






MINHAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS

Minhas brincadeiras preferidas eram brincar de pega-pega, polícia e ladrão, caçador e palitinho.
Palitinho era do que nós mais brincávamos, porque quem derrubasse o palitinho apanhava. Eu brincava com meus amigos Léo, Diogo, Max, Jonatan, Emanoel e Alex. Minhas primas gêmeas brincavam junto com a gente. Elas só não entravam na brincadeira do palitinho porque nós nos batíamos muito.
A gente brincava na rua dos meus amigos que era mais calmo e os vizinhos não enchiam o saco. Era na rua São Jorge (perto do colégio Paulo da Gama) que nós brincávamos.
A brincadeira de polícia e ladrão era divertida porque quem era polícia pegava e os ladrões fugiam. Quem era pego a gente prendia numa casa que normalmente era a do Diogo, mas o que nós não abríamos mão era de brincar de palitinho que as gurias não podiam brincar, porque era muito violento, mas elas entendiam.


Autor: Ismael Rodrigues Machado
Turma: T 41





MEU BRINQUEDO FAVORITO: MINHA BONECA


Eu tinha uma boneca de pano que eu adorava brincar com ela. Ela era minha bonequinha favorita. Tudo o que eu fazia era com ela.
Esta boneca era minha boneca preferida porque eu ganhei do meu avô. Eu fiquei muito feliz quando ele me deu. Eu gostei dela porque meu avô me deu antes de morrer. Isso faz uns quatro anos. Hoje em dia não é mais minha, pois eu dei ela para minha irmã pequena de dois aninhos.
Esta boneca foi minha boneca favorita porque foi meu avô quem me deu.


Autora: Luana Santos de Oliveira
Turma: T 41




MINHA BRINCADEIRA PREFERIDA

Lá no interior, na fronteira, na cidade de Cacequi, eu brincava de casinha com minha irmã. Ela é mais velha dois anos do que eu. Nós tínhamos duas amigas que eram irmãs também e com a mesma idade que nós. O nome da minha irmã era Maria Manoela e das amigas eram Marlene e Marli.
Nós brincávamos em uma tapera, perto de nossa casa, no mesmo sítio. Nós fazíamos casinha com galhos de árvores embaixo das árvores. Lá tinham muitas árvores e algumas eram frutíferas.
Nós brincávamos horas com as amigas. Nós cozinhávamos. A minha mãe deixava nós pegarmos as coisas para fazer comida: a carne, o azeite e o arroz.
Nós tínhamos fogãozinho à lenha e outros móveis, como mesa, cadeiras, louças, pratos, talheres e panelas. Nós tínhamos cuidados com o fogo por ser embaixo do arvoredo. A comida era carreteiro, saladas e verduras colhidas da horta da minha mãe e frutas do quintal. A sobremesa era salada de frutas. Ficava tudo muito bom e saudável. Depois nós limpávamos tudo e íamos passear no campo e tomar banho no açude, que ficava abaixo da tapera. Nós brincávamos nos domingos e nos feriados.
Mas tudo ficou pra trás, porque eu vim embora com 15 anos para Porto Alegre. Eu perdi o contato com as queridas amigas que eram como irmãs para mim. Não soube mais delas.
Minha família ainda mora lá, minha mãe e alguns irmãos. Sempre que posso eu vou pra lá passar uns dias com eles para matar a saudade dos irmãos, da minha mãe querida e dos meus sobrinhos, pois algumas ainda moram lá por perto, na cidade. Para mim só ficaram lembranças e saudades de tudo que lá deixei.
Esta é a minha história de criança.

Autora: Neli Castro Novo da Rosa
Turma: T 41






MEU BRINQUEDO FAVORITO: A BOLA

O meu brinquedo que eu mais gostava era a bola. Minha mãe dizia que era pra eu brincar de boneca porque eu parecia um homenzinho brincando de bola. Meu pai dizia que era pra eu continuar jogando, pois talvez, no futuro, eu poderia virar jogadora de vôlei.
Eu gostava de bola porque eu me divertia muito jogando com meus amigos. E não é só por isso que eu gostava de bola. Eu gostava de bola porque foi meu pai quem me deu.

Autora: Priscila Tavares Machado.
Turma: T 41






MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Meu brinquedo preferido foi a minha boneca que eu ganhei quando eu fui viajar pra Santa Catarina, quando meu pai foi jogar futebol lá. A minha boneca se chama Gabi. Eu gostava muito dela. Eu não largava ela por nada, aonde eu ia eu levava ela comigo. Ela era muito linda. Eu me lembro que ela era enorme de grande. O cabelo era loiro e os olhos eram azuis e também ela cantava músicas.
Eu também tinha outra boneca que eu gostava igual como a primeira boneca. Era linda como a primeira Gabi. A boneca se chama Dani.
Elas iam comigo na praia. Elas também tinham carrinho e cadeirinhas. Eu adorava quando eu ia tomar banho porque eu dava banho nas minhas bonecas também.
Eu me lembro que uma vez que eu, meu pai, minha mãe e minha irmã fomos viajar pra Caxias do sul, onde meu pai iria jogar futebol, mas não dava pra levar minhas bonecas. Aquele dia foi o dia mais triste da minha vida. Falei pra minha mãe que deixei minhas filhas em casa.
Mas chegou lá meu pai me deu outra boneca, mas não foi a mesma coisa. Eu queria as minhas outras bonecas.
Você sabia que eu tenho a Gabi até hoje? Eu sempre falo: essa minha primeira boneca vai ficar para minha primeira filha.

Autora: Rafaela Giuliani da Rosa
Turma: T 41




MINHA BRINCADEIRA PREFERIDA


Minha brincadeira preferida era brincar de se esconder com os meus amigos, com as minhas amigas e minhas irmãs.
A gente brincava quase todos os dias de noite na Rua Dona Anni, na São José. Às vezes, quando a minha mãe e meu pai não deixavam nós ficarmos até mais tarde, os meus amigos e minhas amigas pediam para nós ficarmos mais um pouco brincando de se esconder. E meus pais deixavam nós ficarmos até uma certa hora.
Antes, quando minha mãe e o meu pai deixavam a gente ficar até mais tarde na rua, não era tão perigoso, era bem seguro. Agora não dá para ficar na rua até mais tarde como era antes.
Se a gente sair para a rua tem que ficar se cuidando por causa dos carros e dos maloqueiros que passam por lá pela rua aonde eu moro.


Autora: Simone Neves da Rosa
Turma: T 41





MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Eu tinha um sonho de ter uma bicicleta, tive um triciclo quando pequeno, mas tinha que emprestar para o meu irmão, e acontecia muita briga, porque o pai e a mãe não tinham dinheiro para comprar outra.
E assim nós fomos crescendo. Quando eu estava na quinta série, meu pai disse: “Se tu passar de ano, vou te dar a bicicleta”.
Passou o ano e chegou no fim de ano e eu passei para sexta série e cobrei a bicicleta dele. Ele disse que não dava pra dar porque tinha muita conta pra pagar. Acabou que nunca tive a tal bicicleta. Este era o brinquedo da minha infância.

Autor: Antonio Carlos Rodrigues da Rosa
Turma: T 51





MINHAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS

Quando eu era criança eu era muito feliz. Morava aqui mesmo na comunidade, na Volta da Cobra. Apesar das dificuldades que passávamos, minha mãe e meu pai sempre lutaram para dar uma educação digna para nós.
Não tínhamos luz elétrica nem água encanada, era luz de vela ou lampião.Televisão, nem pensar. Para cozinhar era fogareiro à querosene. A água tinha que buscar um pouco longe de casa, e era de poço. Mas com tantas dificuldades, tinha mais graça, porque tudo que se conquista com sacrifício tem mais valor.
Estudei no Grupo Escolar Cel.Travassos Alves e no Grupo Escolar Dr. Martins Costa Júnior. Depois que chegava do colégio e fazia minhas tarefas domésticas podia brincar. Brincava de pegar, de boneca, esconde-esconde, de casinha. E de noite continuava a brincadeira, não tinha perigo nenhum. Não se ouvia falar em drogas nem em gangues, era tranqüilo. Se existia, era camuflado.
E agora a maioria das crianças nem brincam e já se rendem às drogas. É uma pena que essas crianças não saibam que podem ser felizes sem as drogas.


Autora: Jane Denise Marinho Baracy
Turma: T 51





MEU TEMPO DE CRIANÇA

Nossa! Quase esqueci do meu tempo de criança! Como era bom ser criança e ser mimado toda hora.
Eu quando era criança, tinha muitos brinquedos, bonecos carrinhos e etc. Teve uma vez que meu pai comprou um carrinho para mim, era um carrinho de polícia. Tinha uma hora que a porta do carro abria e saia um policial com uma arma de brinquedo e, logo depois, da parte traseira do carro, saía um helicóptero.
Só que agora eu já sou um adolescente, e tenho que procurar um trabalho para quando eu quiser sair não ficar dependendo de pai e mãe.
Foi muito bom enquanto durou, mas agora tenho que levantar a cabeça e seguir em frente. Claro que sempre desviando dos obstáculos. Têm alguns que são difíceis, mas agora tenho que fazer a minha vida e poder ganhar uma pessoa que seja minha parceira para quando eu precisar dela nos momentos mais difíceis da minha vida.

Autor: Luis Vinicius Gonçalves de Sousa
Turma: T 51





MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Meu brinquedo preferido era a boneca. Gostava tanto que passava o tempo todo brincando de boneca. Uma vez eu pedi uma boneca para minha mãe e a boneca era grande, era do meu tamanho. Eu devia ter uns seis anos, mas a mãe disse que não podia me dar a boneca porque era cara. Eu fiquei tão triste. O tempo passou e um belo dia eu chego em casa com a mãe e encontro aquele bonecão na minha frente. Quase morri de tanta felicidade! Eu abraçava a minha mãe e a beijava de tão feliz. Então a mãe contou que foi minha madrinha quem me deu a boneca.
A boneca era simples, de plástico, mas era linda e eu estava realizada. Depois, com nove anos, aí sim ganhei da mãe uma Bate-palminha, que também era um sonho. Minha mãe me criou sozinha, pois eu tinha perdido meu pai quando eu tinha três anos, e as coisas sempre foram difíceis pra minha mãe, mas assim mesmo ela me deu a boneca.
Logo, aos treze anos, eu engravidei. Ganhei meu filho aos quatorze anos. Cuidava de meu filho como se eu tivesse cuidando das minhas bonecas, e brincava, de boneca também.
Depois dos quinze anos eu não quis saber mais de bonecas, pois era mais gostoso brincar e cuidar do meu filho. E o encanto com as bonecas acabou, ficou só na lembrança.

Autora: Mara Bernadete Paiva de Souza
Turma: T 51





MINHAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS


Eu tive uma infância na Chácara dos Bombeiros. Isto foi há mais de quarenta anos atrás, na década de sessenta.
Na Chácara nós tínhamos muitos animais, plantações um lago para toma banho. Eu gostava muito de brincar de lavar roupinhas de boneca com meus irmãos.
A gente jogava cinco marias, brincava de esconde-esconde, pegava vaga-lumes para fazer lanterninha. Nós pulávamos sapata e corda e andávamos de balanço, fazíamos carrinho de lata com areia, brincávamos de passar o anel e andávamos de carrinho de rolimã. Também jogávamos bilboquê e bambolê.
Eu tinha uma cabritinha para quem eu dava mamadeira, brincávamos muito na natureza. Era ótimo, pois não havia poluição. Comíamos frutas e verduras frescas e tomávamos leite de vaca e de cabra. Tomávamos água pura da bica.
Tivemos uma ótima infância e uma boa educação.


Autora: Maria José de Mattos Rocha
Turma: T 51




MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Meu brinquedo preferido era um balanço com uma corda, só uma corda, pendurada em uma árvore bem alta, num galho.
Eu e meu irmão íamos brincar lá. Ele me puxava para trás e soltava. Eu ia até ao alto da árvore e depois voltava e dava aquele frio na barriga. Era muito bom! Tenho muita saudade daquele tempo.


MINHAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS

Essa brincadeira eu tinha 11 anos. Eu morava com meus pais no interior, no município de Salgado Filho. Tinha poucas casas. As casas eram bem longe umas outras. A mais perto era de um vizinho alemão. Eles falavam quase só alemão, falavam muito pouco a nossa língua, mas a gente se entendia muito bem.
Brincávamos num campo longe das nossas casas, e só à noite, porque durante o dia eu estudava e ajudava meu pai na lavoura. A gente brincava quando tinha lua bem clara a gente brincava de tudo um pouco, até a minha mãe chamar nós pra dentro de casa. Tenho saudades desse tempo.

Autora: Neli Kraus de Oliveira
Turma: T 51



MINHAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS

Uma das minhas brincadeiras preferidas era brincar na casinha da árvore que eu e meus irmãos tínhamos numa árvore enorme no pátio. Brincávamos de muitas coisas, mas o que eu mais gostava era brincar de guerra. A casa da árvore era minha base e eu era o comandante que dava as ordens. Outra brincadeira era futebol.
Adoro futebol até hoje. Quando ara pequena, queria muito ir para uma escolinha de futebol, mas meus pais me disseram que era coisa de guri. Bom, continuei jogando na rua e na escola.
Os meninos não gostavam de jogar com as meninas. Quando eles não me deixavam jogar, eu batia neles. Depois, quando eu chegava, já tinha até time pronto para eu jogar.


Autora: Sandra Helena Guimarães
Turma: T 51





UM PASSEIO INESQUECÍVEL


Um passeio que eu fiz com meus colegas de aula, na infância, em Esteio, foi inesquecível, pois foi quando andei de trem pela primeira vez. Tudo era novo para mim, vi as exposições de todos os tipos de animais de todas as cores. Tinham cachorros, cavalos, pôneis, carneiros, ovelhas, bois, etc. Colocamos flúor para fortalecer os dentes.
Foi a primeira vez que eu vi a exposição em Esteio. Era maravilhosa a paisagem, sentir o ar fresco, o verde dos campos e ver os animais correndo no campo, pastando felizes, sentir o aroma das flores.
Eu gostei muito de tudo que vi e vivi, fiquei muito feliz com o que aprendi, pois vou passar para meus filhos e eles passarão para seus filhos.

Autora: Sandra Regina da Silva Netto
Turma: T 51






MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Lembro bem na minha época de criança, lá pelo ano de 1975, eu tinha 10 anos. Época boa aquela, quando as crianças não tinham tanta liberdade, mas eu acho que eram mais felizes.
Lembro que no dia 25 de dezembro, no Natal, ganhei uma boneca de plástico, era dura, não mexia os braços, as pernas nem a cabeça. Eu fiquei tão feliz que até cheguei a dormir com minha boneca naquela noite.
Nessa época parecia que as crianças davam mais valor para as coisas que ganhavam. Meus pais não tinham condições para nos dar presentes, pois éramos em seis crianças. Imagina!
Foi quando alguém falou para minha mãe levar as crianças num colégio ali perto para ganhar presente. Sei lá se era o governo ou a comunidade que estariam distribuindo brinquedos para a criançada. A mãe não pensou duas vezes e nos pegou pela mão e levou lá. Eu, toda tímida, envergonhada, agarrada na saia da mãe, não desgrudei e por isso ela teve que ir comigo até a pessoa que estava dando os presentes.
Que dia feliz de nossas vidas! Meus irmãos ganharam bola e carrinhos e todos voltamos saltitando de alegria. Hoje, no ano de 2008, eu tenho uma sobrinha que tem 10 anos. Ela tem computador, celular, bicicleta e boneca que chora. Imagina eu dar uma boneca que não mexe a cabeça nem as pernas e os braços. Vai rir da minha cara e ainda vai dizer: “A Tia está louca.” As crianças de hoje querem ganhar celular, computador e mp3 e, se não ganham, ficam frustradas e se ganham não dão valor.

Autora: Beatriz Teresinha de Oliveira
Turma: T 61





MARIA FUMAÇA

Lembro-me, quando era menina, entrando na adolescência, lá pela década de 60, minha família e eu viajávamos do interior à capital de trem Maria Fumaça: aquela máquina movida à lenha que soltava uma fumaça terrível.
Era uma viagem longa que durava 24h. Mas era muito gostoso. Eu olhava os modelitos daquelas jovens senhoras que viajavam nos vagões de primeira classe. Nossa! Como eram lindos! E eu pensava: “Quando crescer vou me vestir assim”. Mas, com certeza, aquela moda já estava chegando ao fim, pois quando passei da adolescência, já atingindo a juventude, a moda já era outra. Às vezes penso: “Que bom seria se voltasse aquela moda. Vestidos justos, sapatos altos, aqueles saltos bem fininhos, leque, sombrinhas coloridas e também o trem Maria Fumaça”.
Mas se voltar a moda será para mulheres jovens, o que não é o meu caso. Novamente não seria possível eu usar, pois me sentiria anacronicamente vestida.
E o trem Maria Fumaça, então? Impossível! Que viagem anacrônica!

Autora: Maria Arlete Padilha
Turma: T 61





AMIZADE DE INFÂNCIA

Amizade já e bom, a infância melhor ainda. As duas juntas só têm que dar em histórias bonitas e, às vezes, únicas.
Éramos amigas de anos e, em um ensaio de carnaval, tivemos uma experiência de fantasia e compatibilidade. Pela primeira vez em nossas vidas nos encantamos por um menino que enxergamos de longe. E de longe, assim, ficou. Demos um nome para ele: Retalho Azul.
Admiramos de longe, juntas, sem ter ciúmes uma da outra. Isso que é amizade de infância! Repartir tudo: novas experiências e descobertas. Hoje em dia as meninas brigam uma com as outras por causa de namoradinhos. Não têm fantasias, nem amizades, nem sonhos e nem respeito por elas mesmas.

Autora: Cláudia Macedo Paiva
Turma: T 61



SONHO DE CRIANÇA

Quando era criança sonhava em ser dançarina. Cheguei até fazer balé, participei de concursos de dança, de moda, de prenda e até de boneca Model. Mas todos esses concursos não me davam uma chance de me tornar uma dançarina. Eu sonhava que um dia eu ia dançar em uma festa ou em algum lugar que ia ter alguém que ia me ver dançar e ia ficar encantado com meu jeito de dançar.
Pura fantasia de criança. Como é que um caçador de talentos vai estar em uma festa de aniversário? Coisa de criança, enfeitar as coisas e os seus sonhos.
Hoje em dia vejo que não é fácil realizar um sonho. Primeiro temos que batalhar muito, estudar muito, trabalhar para conseguir algo que se queira.
Agora vejo que o sonho ficou na infância e que hoje em dia temos que batalhar muito. Mas espero um dia, quem sabe, tornar esse sonho de criança real.

Autora: Tandra Oliveira da Rosa
Turma: T 61



MEU PRESENTE DE NATAL

Em um belo dia eu estava passeando com meu pai pelo centro de Porto Alegre e vi em uma vitrine uma bola extraordinária que eu vi em um jogo da seleção brasileira de futebol. Pedi para o meu pai essa bola o mês inteiro para ele me dar de Natal. Ele dizia que não poderia me dar porque a situação não era das melhores e eu fui cada vez mais ficando triste, achando que nunca iria ganhar.
Passaram-se vários dias e eu fui me esquecendo da tal bola, fui vendo na televisão vários outros brinquedos como, carrinhos, mini golfe, cesta de basquete, vídeo game, bicicleta e outras coisas mais.
Até que um dia tinha chegado o dia 25 de dezembro e eu ganhei a bicicleta e o vídeo game e fui olhar em todos os cantos de minha casa e nada da tal bola de couro. Meu pai chegou em mim e perguntou:
- E aí, meu filho, gostou dos presentes?
- Gostei muito mas o que eu mais queria era minha bola que eu vi na vitrine da loja.
- Filho, eu sei mais não deu pro pai comprar porque não tinha dinheiro.
- Tá bom, pai, eu gostei dos outros presentes.
E, durante essa conversa, uma Mamãe Noel tinha entrado em meu quarto e deixado a bola linda que eu tanto pedi. Minha mãe tinha saído do meu quarto correndo. Aí fui correndo para lá e vi minha linda bola de couro que tinha pedido.

Autor: Axel Dener Souza Pereira
Turma: T 61




CRESCIDA

A minha infância que foi uma coisa simplesmente fantástica. Eu gostaria de relatar que eu era uma criança muito calma, mas cheia de energia para brincar com as minhas amigas. Eu nasci numa aldeiazinha lá em Esteio. Naquele tempo tínhamos que improvisar as brincadeiras que fazíamos ali mesmo, no meio da rua, na calçada, enfim, as improvisações davam certo e ficávamos ali até a noite. Então ouvíamos os nossos pais que nos chamavam e já sabíamos: devíamos entrar para jantar, tomar banho e irmos para cama. Assim como num piscar de olhos, cresci. Ah! Cresce-se, rápido! Quando abrimos nossos olhos estamos maduros e já prontos para o mundo, que não é nada generoso com os que se opõe a ele. E o sonhado e desejado relacionamento, namorado, noivado e o casamento que chega e com ela a responsabilidade de ser o mais duradouro possível. Não aconteceu como eu queria que acontecesse, mas acabou bem o relacionamento de dezoito anos. Assim que me refiz voltei a estudar e, com os estudos, outros desafios: o de terminar os meus estudos e estou aos poucos conseguindo o meu ideal, passo a passo.
Enfim, quero traçar as minhas metas e realizá-las com esperança e fé.

Autora: Nilza Araújo da Silva
Turma: T 61





UMA AMIZADE DE INFÂNCIA

Eu tinha e ainda tenho uma amizade de infância que eu jamais vou esquecer, porque essa amizade para mim significa muito. O nome da minha amiga é Thais. Nós duas sempre saíamos juntas para todo o lugar e as pessoas até faziam alguns comentários sobre nós, mas nós não dávamos nunca assunto para elas.
Em 1997 eu fiquei grávida e nós duas ficamos um pouco distantes, mas foi por pouco tempo, porque quando eu ganhei a minha filha eu dava mais atenção para ela e a Thais ficou um pouco com ciúme da minha filha, por isso nós ficamos um pouco distantes.
Essa amizade que nós duas temos é uma amizade muito especial, porque sempre que uma precisa da outra, eu e ela estamos sempre prontas para nos ajudar.

Autora: Rejane Duarte
Turma: T 61





MEUS BRINQUEDOS PREFERIDOS

Na minha infância eu sonhava em ter uma cozinha que tinha panelas e fogão. Era muito legal, igual a de uma amiguinha que era branca e rosa. Eu me oferecia para brincar com ela. Eu curtia fazer comidinhas.
Quando eu chegava em casa eu pegava as latas de sardinha vazias, batia com martelo dos lados e meu tio colocava uma alça e ficava uma panelinha de verdade.
Outra coisa que eu gostava muito de brincar era de boneca de papel que eu cortava das revistas. Eu fazia altos vestidos e vivia inventando modas. Eu tinha uma caixa cheia de bonecas, era maravilhoso.
Outra brincadeira que me deixou muitas saudades era uma brincadeira que era uma madeira com um prego. A gente ia jogando na terra e ia fechando a casa do outro amigo fazia uma cama de gato. Era muito legal. Que saudades!

Autora: Maria Goret Dias Paiva
Turma: T 61




MINHA INFÂNCIA

Agradeço a Deus pelos pais que tive. Minha mãe sempre demonstrou muito amor por mim.
Sinto saudade do abraço caloroso. Sabe comida de mãe? Aquele cheiro de batata frita com bife acebolado que só mãe sabe fazer e você chega correndo da escola para saborear aquele almoço feito com amor? Que bom!
Aquela mulher me ensinou a amar, a ser guerreira, verdadeira e honesta. A cena que não esqueço é minha mãe com seus cabelos grisalhos e sempre cuidando de sua cria.
Ela sempre ficava atenta, pedindo a Deus que cuidasse de sua amada filha. Hoje sou eu no papel de mãe. Eu me esforço para ser uma boa mãe. Quero deixar boas lembranças.
Mãe é a única que não esquece do seu aniversário, né? É a única que fica acordada até você chegar, é a única que passa a mão e afaga mesmo quando o filho fez a maior burrada. Mãe é assim.
Minha mãe me ensinou a dividir meu pão com os necessitados. Ela me ensinou a amar. Amo minha mãe. Minha infância foi maravilhosa. O nome da minha mãe é Eugênia.

Autora: Márcia Souza
Turma: T 61





INFÂNCIA


Eu nasci em Porto Alegre, em 23 de novembro de 1969. Eu gostava muito de brincar com meus irmãos e amigos. Eu era muito obediente, ajudava minha mãe em tudo na casa e com meus irmãos.
Eu adorava estudar, mas tive que largar meus estudos parque tinha que trabalha em casa cuidando dos meus irmãos. Eu fiquei muito triste porque o que eu mais queria era estudar, trabalhar, ter filhos e dar uma boa educação para eles.
Eu sofri muito, mas hoje sou uma mãe muito responsável por minhas filhas e muito trabalhadora. Elas adoram, pois têm uma mãe que ajuda em tudo e eu quero que elas trabalhem e construam suas vidas e eu, com certeza, quero estudar e ser feliz.

Autora: Ângela Trindade
Turma: T 61




HISTÓRIA DA MINHA INFÂNCIA

Na minha infância aconteceram muitas coisas boas. Nasci na cidade de Amaral Ferrador, uma cidade muito calma, onde eu tinha muitas amigas. Nos domingos saíamos para caminhar nos campos e tinha muitas frutas que nós gostávamos de comer.
Tinha frutas com nomes estranhos, por exemplo, guavirova e guabiju. Era muito bom aquele tempo que eu tenho saudades e que não volta mais.
Quando chegava o carnaval era legal, pois eu não ia para a roça e nem para a escola
De tarde tinha matinê infantil. A minha mãe levava eu e meu irmão e todas as minhas primas iam também. Era muito legal. Quando chegava a noite, terminava a matinê e nós íamos embora.
No Natal eu ficava feliz por que minha mãe sempre comprava um vestido novo e era só quando ganhávamos roupas novas.

Autora: Maria Geneci Barbosa
Turma: T 61




MINHA INFÂNCIA

A minha infância foi ótima porque no meu tempo não tinha brincadeiras de maldade.
No meu tempo as crianças ficavam felizes com qualquer brinquedo que ganhavam. Agora os pais não medem esforços para dar as coisas que as crianças pedem.
No meu tempo as crianças brincavam com bola, bolitas e brincadeiras de faz de conta. Às vezes eu sinto falta de brincadeiras naturais e das verdadeiras amizades.
As amizades de agora não são como antigamente. Agora os adolescentes não sabem aproveitar a sua idade conforme seu tempo. Eu acho que as pessoas não têm que atropelar as fases de sua vida, porque depois o tempo não volta mais.

Autora: Tanise Laís Pereira da Silva
Turma: T 61




LEMBRANÇA


Eu me lembro que quando eu era pequeno eu tinha uns carrinhos de controle remoto. Eu brincava sempre com o meu pai.
Quando ele era vivo ele estava sempre brincando comigo. Até hoje eu tenho saudades dele. Ele foi um grande pai para mim. Até hoje eu me espelho nele. Foi um grande trabalhador e eu tenho muito orgulho de ser filho dele. Que pena que ele foi morrer, porque ele era muito divertido.

Autor: Fabrício Rocha dos Santos
Turma: T 61






HISTÓRIA DE MINHA INFÂNCIA

Quando eu era pequena adorava ir na chácara de meus tios e na casa de praia de minha avó
Eu me lembro que nas noites de verão meu pai convidava eu, minha mãe e meus irmãos par irmos lá na chácara que ficava no bairro Urubatã, na zona sul de Porto Alegre. Era perto da minha casa. Nós íamos a pé. Era muito divertido.
Chegávamos lá, brincávamos com nossos primos e primas de se esconder, de correr, enfim, de várias brincadeiras. Era bem legal.
Na casa de praia de minha avó era muito legal. Nós ficávamos até tarde contando histórias. Caminhávamos na beira da praia ao entardecer, passávamos o dia inteiro na praia. Aqueles foram momentos inesquecíveis de minha vida.

Autora: Débora Diniz Stautmeister
Turma: T 61






MINHA VIDA DOS 4 ANOS E MEIO AOS 14 ANOS E MEIO:UM POUCO DE UMA VIDA FELIZ DE UMA CRIANÇA TRISTE.

Sou filha de uma mãe que sempre lutou sozinha. Das três filhas, sou a mais velha. Minha mãe era viúva de marido vivo, e bem vivo. Assim era minha mãe, com menos de trinta anos, três filhas e sem casa para morar.
Minha mãe teve que me colocar em um internato em Taquari, que foi minha primeira escola. Eu tinha quatro anos e meio. Ela fez isso não era porque não gostava de mim, mas porque eu era muito levada e minhas irmãs eram mais calmas.
Meu avô não gostava de minha mãe e de nós. Quando ela se separou de meu pai, que era mais velho mais ou menos quarenta e dois anos do que ela, meu avô disse:
- Helena, só tem lugar pra ti e pras tuas filhas no porão, junto com os seis cachorros. A comida que eles comerem, tu e elas comerão.
Minha mãe que sempre foi guerreira, pegou as duas filhas pela mão (a outra estava na barriga) e nós lutamos e sobrevivemos a tudo e a todos.
Brinquedos, tinha um porquinho de plástico que foi o único presente que o meu avô me deu. Minha mãe guardava junto com a boneca Edilaine que minha madrinha me deu. Minha mãe dizia quando eu era pequena:
-Só vou te dar teus brinquedos quando tu tiveres tua primeira filha.
Só que já vieram duas filhas e netos, e minha mãe não entregou meus brinquedos.
Passeio não houve preferido, porque eram todos iguais: circos, parques, etc.
Lembrei quando nós íamos na TV Gaúcha ver os cantores no domingo, mas só quando não estava de castigo no quarto ou no banheiro escuro.
Brincadeiras eram muitas, porque eu gostava de tudo que fosse de menino, inclusive briga. As minhas brincadeiras eram subir em árvores bem altas com apostas com os meninos que tinham medo de mim. Gostava de andar de carrinho de lomba nas ruas Barão, Guilherme Alves, eu e mais 15 ou 20 meninos. Era o máximo! Patinete também com os meninos, no mesmo lugar, com uma lata na cabeça para buscar água na bica de manhã, mais ou menos umas oito horas. Mas só voltava para casa quando minha mãe gritava, no começo do Beco. Já era uma hora da tarde. Quando chegava em casa tomava uma tunda de salgar o corpo. Isso eram todos os dias. Bolinha de gude, taco com bola de meia era muito legal. Futebol jogava como nenhum menino do morro, jogava e era a melhor. Tinha muitos apelidos de grandes jogadores da época, da década de 50, 60.
Eu tinha o cabelo bem comprido, com duas tranças bem grossas que os meninos gostavam de puxar quando estavam jogando bola. O jogo sempre terminava em briga por minha causa. Amizades poucas: colegas da escola de Taquari não lembro, só das irmãs religiosas. Colegas da vila onde eu morava, na Maria da Conceição, no Partenon, alguns ainda vivem, outros estão no presídio e muitos mortos por drogas, roubos, etc.
Amigos eu só tive na escola em Viamão, a Escola Ana Jobim. Mas algumas tias que me cuidavam eu ainda tenho contato por telefone no Natal, aniversário, Dia das Mães, Dia da Avó, Dia do Funcionário Público e outras datas importantes. Amigas também fiz em Viamão. Também conversamos por telefone. Quase todas já têm netos como eu.
Quando fui interna, minha mãe tinha casa de batuque. Era assim que eu chamava. A escola que eu estudava era católica. Então eram nove meses católica e três meses batuqueira. Não gostava. Em casa ninguém falava nada. Mas quando eu chegava na escola, ficava em um quarto escuro para tirar o diabo que havia em meu corpo e minha mão esquerda era amarrada para trás, porque eu era canhota. Vocês não imaginam como eu me sentia. Por isso eu era muito revoltada por tudo: era a filha mais velha, era negra, era gorda e não ganhava brinquedos porque brigava e fazia xixi na cama, por isso o “Papai Noel” não trazia nada de brinquedos para mim, só vara de marmelo.
Esta é um pouco da minha história feliz de uma criança triste até os quinze anos por não saber por que.
Hoje, aos 52 anos, com todos os problemas que tenho, sou feliz.

Porto Alegre, 22 de outubro de 2008, às 2h45min da manhã.

Autora: Rogéria dos Santos.






UM PASSEIO INESQUECÍVEL

Uma vez quando eu era criança, eu adorava ir ao parque, eu brincava com minhas amigas, corria, caía, etc.
Teve uma vez que eu nunca mais vou esquecer. No parque eu fui em todos os brinquedos com minhas amigas e nunca mais esquecerei, porque foi um dia especial: o aniversário de uma grande amiga minha. Nós brincávamos muito: de professora, médica, tudo e mais um pouco, e nos divertíamos muito. Queria reencontrar minhas amiguinhas. Sei que íamos ser grandes amigas novamente, mas o tempo nos separou. Se desse para rencontrá-las, íamos passear, nos divertir muito. Pode ser até que nós já tenhamos nos encontrado e não nos reconhecemos. Também, faz tantos anos, né?
Minha infância foi legal e divertida porque brinquei muito. Aproveitei muito brincando e agora quero aproveitar a adolescência me divertindo muito também.


Autora: Clara Leal.
Turma: T51




MEU BRINQUEDO PREFERIDO

Meu brinquedo preferido era um caminhão de plástico que eu brincava muito com meus amigos.
Um dos meus amigos tinha um caminhão melhor do que o meu. Então eu fiquei muito brabo porque eu não tinha um caminhão igual ao dele, mas minha mãe não tinha dinheiro para comprar, por isso fiquei com o mesmo brinquedo, porque tem muita criança que não tem nem isso para brincar, mas eu tinha o meu caminhão de plástico.
Meu caminhão era o brinquedo mais bonito para mim. O jogo de bola não era o melhor, o melhor era brincar de corrida com carros e com os caminhões. Um dia um carrinho perdeu a roda e o menino chorou. Nós paramos de brincar porque faltava uma roda. Mas meu caminhão continuava intacto, não faltava nada.
Mas eu fui crescendo e meu brinquedo foi parar na mão de outra criança. O meu brinquedo alegrou uma criança que não tinha nada para brincar.
Meu brinquedo não voltou mais e sinto muita falta, mas não fiquei preocupado porque eu fiz a alegria de alguém.

Autor: Cristiel dos Santos Lopes.
Turma: T51